29 de agosto de 2012

Heróis da Fé

Clemente de Roma 
Iniciaremos hoje uma nova categoria de máxima importância para o estudo do cristão em relação ao Evangelho. Veremos como o Senhor preservou Sua Palavra e cumpriu seus propósitos através de homens cheios do Espírito de Deus e que transformaram o mundo de forma totalmente radical.

OS PAIS APOSTÓLICOS


O nome “pais apostólicos” tem sua origem na Igreja do Ocidente do século II. São chamados de “pais apostólicos” os homens que tiveram contato direto com os apóstolos ou, então, foram citados por alguns deles. Destacam-se entre os indivíduos que regularmente recebem esse título, Clemente de Roma, Inácio e Policarpo, principalmente este último, pois existem evidências precisas de que ele teve contato direto com os apóstolos.


Clemente de Roma (30-100)

Várias hipóteses já foram levantadas sobre Clemente para identificá-lo. Para alguns, ele pertencia à família real. Para outros, ele era colaborador do apóstolo Paulo. Outros ainda sugeriram que ele escreveu a carta aos Hebreus. Em verdade, as informações a respeito de Clemente de Roma vão desde lendárias a testemunhas fidedignas. Alguns pais, como Orígenes, Eusébio de Cesaréia, Jerônimo, Irineu de Lião, entre outros, aceitaram como verdadeira a identificação de Clemente de Roma como colaborador do apóstolo Paulo.

A principal obra de Clemente de Roma é uma carta redigida em grego, endereçada aos crentes da cidade de Corinto, mais ou menos no final do reinado de Domiciano (81-96) ou no começo do reino de Nerva (96-98). A epístola trata, principalmente , d ordem e da paz da Igreja. Seu conteúdo traz à tona ao fato de os crentes formarem um corpo em Cristo, logo deve reinar nesse corpo a unidade, e não a desordem, pois Deus deseja a ordem em suas alianças. Traz, ainda a analogia da adoração ordeira do Antigo Israel e do princípio apostólico de apontar uma continuidade de homens de boa reputação.

”Portanto, irmãos e irmãs, após ouvir o Deus da verdade, leio-vos uma exortação a fim de que possais prestar atenção às coisas que estão escritas, para que possais salvar-vos a vós mesmos e aos que vivem no meio de vós. Peço-vos como que uma recompensa: arrependei-vos de todo coração e procureis a salvação e a Vida. Fazendo isto, estabeleceremos um objetivo para todos os jovens que desejam esforçar-se na perseguição da piedade e da bondade de Deus. E não nos desanimemos ou aflijamos, como os estúpidos, quando alguém nos aconselhar para que deixemos a injustiça e busquemos a justiça, porque às vezes, quando temos obras más, não nos damos conta disto por causa da indecisão e incredulidade que bate nos nossos peitos, e nosso entendimento é encoberto pelas nossas vãs concupiscências.”
(Fragmento da carta dirigida aos Coríntios por Clemente)

Fonte: Revista Defesa da Fé – Edição 51

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