7 de dezembro de 2012

Princípios Éticos Permanentes do Antigo Concerto

Acredito que esse tema, é algo de estrema importância nos dias de hoje, pois devido a tantas invenções “gospels”, o povo de Deus, deixou de entender o que ainda devemos guardar das leis do antigo concerto, e o que devemos deixar.
Para tornar as coisas mais claras, sempre lembre-se de que: todas as leis morais, dadas aos israelitas para cumprirem, permanecem até hoje para praticarmos; todas as leis ritualísticas, dada aos israelitas, para observarem e cumprirem, Jesus já ofereceu por nós, ao morrer na cruz, como o sumo sacerdote eterno.

OBS: Caso haja alguma dúvida, leia o livro de Hebreus, onde explica detalhadamente sobre esse assunto (leis ritualísticas…).

1. Dignidade da vida humana
O direito à vida é garantido (Êx 20.13).

2. Dignidade da mulher
Apesar do papel submisso da mulher na sociedade, a lei lhe conferia direitos fundamentais (Êx 21.7-10).

3. Dignidade pessoal
A ninguém era facultado o direito de maltratar, explorar ou oprimir o seu próximo, pois à fraternidade era o ideal da lei divina (Lv 19.13-17).

4. Castigo proporcional à falta cometida
(O castigo imputado ao réu não podia ser excessivo, para que este não viesse a se sentir aviltado (Dt 25.1-5).

5. Propriedade e herança
A lei garantia o direito à propriedade, e a transmissão desta como herança aos descendentes legais (Lv 25; Êx 20.15; Êx 21.33-36; 22.1-15).

6. Trabalho
Todos tinham direito de receber justa remuneração pelo trabalho executado (Lv 19.13).

7. Proteção aos desamparados
Havia provisão necessária para se assistir o órfão, a viúva, o estrangeiro e o que havia caído na miséria (Lv 19.10; 23.22).

8. Descanso
Todos deviam observar, semanalmente, um dia de repouso (Êx 23.12).
[Nesse caso, para nós, ficou o domingo, para termos mais tempo para a família, e cultuarmos a Deus na congregação, com todos os irmãos. O que devemos lembrar, é que TODOS os dias tem que ser consagrados à Deus].

9. Ecologia
Os recursos naturais eram protegidos, sendo designada à terra um descanso específico (Êx 23.12).

10. A família e o matrimônio
Os mandamentos, como um todo, protegiam os vínculos familiares, e mantinham inviolável o recesso do matrimônio (Êx 20.12,14; Dt 5.8; 20.10-22).

Conforme se pode ver, tais princípios continuam a vigorar na dispensação da graça. As culturas influenciadas pela tradição hebraico-cristã refletem em suas leis os mesmos princípios. O valor, respeito e respaldo oriundos desse embasamento religioso-jurídico vem preservando a raça adâmica da anarquia e da degenerescência. Os princípios bíblicos nascidos da natureza moral e imutável de Deus, são a melhor garantia para se ter uma sociedade estável, segura e eticamente responsável.

Fonte: Bíblia de Estudo Pentecostal

Esboços – Levíticos

Esboços - Levítico

O Título

A Septuaginta deu o nome de Levítico (= Lv) a este terceiro livro da Bíblia, possivelmente para indicar que se trata de um texto destinado de modo particular aos levitas. Estes estavam encarregados de exercer o ministério sacerdotal e de atender aos múltiplos detalhes do culto tributado a Deus pelos israelitas. A Bíblia Hebraica, conforme a norma observada em todo o Pentateuco, nomeia o livro pela sua primeira palavra, Wayiqrá, que significa “e chamou”.

Os Levitas

Ap ser repartida a terra d Canaã, os levitas (isto é, os membros da tribo de Levi) receberam, em lugar de território, quarenta e oito “cidades para habitá-las” (Nm 35.2-8; cf. Js 21.1-42; 1Cr 6.54-81), repartidas entre as terras atribuídas às outras tribos. Eles, ao contrário, haviam sido separadamente por Deus para servir-lhe, para cuidarem das coisas sagradas e celebrarem os ofícios religiosos. Esta é a função específica a eles atribuída, especialmente depois que o culto e tudo que com ele se relacionava foram centralizados no templo de Jerusalém.

Conteúdo do Livro

Na sua maior parte, Levítico é formado por um conjunto de prescrições extremamente minuciosas, tendendo a fazer do cerimonial cúltico, como expressão da fé em Deus, o eixo ao redor do qual devia girar toda a vida do povo.
Este livro ritualista, cheio de instruções sobre o culto e disposições de caráter legal, encerra uma mensagem de alto valor religioso, na qual a santidade aparece como o princípio teológico predominante. Javé, o Deus de Israel, o Deus santo requer do seu povo escolhido que seja igualmente: “Santo sereis, porque eu, o Senhor, vosso Deus, sou santo” (19.2). Em consequencia, todas as normas e prescrições de Levítico estão ordenadas com a finalidade de estabelecer sobre a terra uma nação diferente das demais, separada para o seu Deus, consagrada inteiramente ao serviço do seu Senhor. Por isso, todas as formas legais e todos os elementos simbólicos do culto – vestes, ornamentos, ofertas e sacrifícios – têm uma dupla vertente: por um lado, louvar e homenagear, devidamente ao Deus eterno, criador e senhor de todas as coisas, por outro lado, fazer com que Israel entenda o significado da santidade e disponha de instrumentos de jurídicos, morais e religiosos para ser o povo santo que Deus quer que seja.

Divisão do Livro

Pode-se dividir o livro em várias seções:
A primeira delas (caps. 1 –7) é dedicada inteiramente à regulamentação da apresentação das ofertas e sacrifícios oferecidos como demonstração de gratidão ao Senhor ou como sinal de arrependimento e expiação de algum pecado cometido.
A segunda seção (caps. 8 – 10) descreve o ritual seguido por Moisés para consagrar como sacerdotes a Arão e aos seus filhos. Consiste em um conjunto de cerimônias oficiadas por Moisés conforme as instruções recebidas de Deus (cf Êxodo 29.1-37). Esses ritos de consagração, que incluem sacrifícios de animais e o uso de vestimentas especiais, foram o passo inicial para instauração do sacerdócio arônico–levítico, instituição que fundamenta a unidade corporativa do Israel antigo. O capítulo 10 relata a morte de dois filhos de Arão, por causa de um pecado de caráter ritual.
Os capítulos 11 – 15 formam a terceira seção do livro, dedicada a definir os termos da pureza e da impureza rituais. Fixa também as normas das quais, deveria se submeter todo aquele ou tudo aquilo que houvesse incorrido em algum tipo de impureza.
A seção seguinte traz a descrição dos ritos próprios do grande Dia da Expiação (hebr. Yom Kippur), que todo o povo deve celebrar no dia 10 do sétimo mês de cada ano.
A quinta seção (caps. 17 – 25) se ocupa da assim chama A Lei de Santidade, enunciada de forma sintética em 19.2. Aqui nos encontramos em pleno coração do livro de Levítico, onde junto algumas instruções relativas ao culto, se assinalam as normas que Israel, tanto sacerdotes como povo, está obrigado a observar para que a vida de cada um, e cada um em particular, e da comunidade em geral permaneça regida pelos princípios da santidade, da justiça e do amor fraterno.
Os dois últimos capítulos, incluem respectivamente, uma série de bênçãos e maldições, que correspondem a atitudes de obediência ou desobediência a Deus (cap. 26), e uma relação de pessoas, animais e coisas que estão consagradas a Deus (cap. 27).

Esboço:

1. Ofertas e sacrifícios (1.1 – 7.38).
2. Consagração do sacerdote (8.1 – 10.20).
3. Leis referentes à pureza e impureza legais (11.1 – 15.33).
4. O Dia da Expiação (16.1-34)
5. A “Lei de santidade” (17.1 – 25.55).
6. Bênçãos e maldições (26.1-46).
7. Sobre o que é consagrado a Deus (27.1-34).

Fonte: Bíblia de Estudo Almeida

6 de dezembro de 2012

Os Assírios

 

Os assírios ocuparam a parte Norte do atual Iraque (a terra entre os rios Tigre e Eufrates) durante a maior parte do período coberto pelo AT. Os montes e as planícies desta fértil terra contrastam com o deserto que se encontra a oeste e com as pedregosas montanhas ao Norte e a Leste. Por isso, os assírios constantemente tiveram que defender seus país dos invasores.

 Os Assírios

História

Os assírios eram, em sua maioria, um povo semítico (grupo a que pertenciam os israelitas); seu idioma era muito semelhante ao babilônico. Também usavam o sistema de escrita cuneiforme, feita com sinais em forma de cunha, que representavam sons ou sílabas e eram escritos em tabletes de barro com uma espécie de punção (depois chamado “ponteiro”).
As listas reais mostram que os assírios já estavam em sua terra por volta do ano 2300 a.C., e a arqueologia assinala que Nínive foi fundada em cerca de 4000 a.C. Por volta do ano 1100 a.C., a Assíria já havia se tornado um potência do Oriente. Logo depois, passou por um tempo de decadência, mas a partir de 900 a.C. teve uma série de reis de grande poder, os quais lançaram as bases do poderoso Império Assírio.

Vida e Arte

Com o império veio também a riqueza. As histórias narradas na Bíblia e em outros documentos, mais as cenas de batalhas que decoravam as paredes dos palácios assírios, dão a impressão de que eram um povo cruel e guerreiro. Porém a vida assíria não se limitava somente à guerra.
Os reis construíam grandes palácios e templos nas cidades mais importantes (Nínive, Assur e Calá). As paredes estavam revestidas com placas de pedras talhadas em baixo relevo. Tais placas mostravam o rei durante a caça, o tratamento com seus vassalos ou a adoração aos seus deuses, e também narravam suas vitórias. O mobiliário dos palácios era ricamente decorado com painéis de marfim talhado ou gravado. O rei, com a rainha ao seu lado, descansava em um sofá e bebia em taças douradas.

Bibliotecas

Milhares de tabletes de barro eram guardados nas bibliotecas dos palácios. Muitos deles continham assuntos diplomáticos e administrativos, outros detalhavam determinado reinado. Há também documentos legais, dicionários e listas de palavras. A literatura assíria inclui grandes épicos de história primitiva e lendas (entre elas as famosas histórias do dilúvio e da criação), e outras histórias dos deuses.

Religião

Assur, o deus nacional da Assíria, era considerado o rei dos deuses. Cria-se que ele e os outros deuses (deus da lua, deus do sol, deus do clima, deusa do amor e da guerra, etc.) controlavam todas as coisas. Cada cidade tinham um templo principal onde se adorava o deus da cidade (deus patrono). No dia especial do deus e nas grandes festividades, as pessoas se aglomeravam para ver as procissões, onde se exibiam as estátuas do deus.
Levavam muito a sério o mundo espiritual. Usavam amuletos para afugentar os espíritos malignos e os demônios, os quais causavam problemas e provocavam enfermidades. Consultavam adivinhos e astrólogos para conhecer o futuro. Ofereciam oferendas aos mortos. Sem dúvida, a religião assíria não previa nenhuma esperança de vida depois da morte.

Assíria e Israel

Os assírios entram na história bíblica na época dos últimos reis de Israel (séc. VIII a.C), quando Isaías (o profeta) estava fazendo-se conhecer no reino de Judá. Até este tempo, ano 840 a.C., a Assíria havia considerado Israel como estado vassalo. O obelisco de pedra negra que documenta as vitórias de Salmanasar III, mostra Jeú, rei de Israel, rendendo tributo (cf. 2Rs 9 9 – 10).
Em 745 a.C., Tiglate Pileser III ascende ao trono da Assíria. Invadiu Israel e forçou o rei Menaém a renovar o pagamento do tributo (2Rs 15.17-23). Anos mais tarde, o rei assírio voltou a invadir Israel, capturou terras e cidades e exilou muitas pessoas. (Para evitar problemas posteriores, os assírios tinham por hábito mandar ao exílio os conquistados e os estabeleciam em outro país.)
Oséias, rei de Israel, resistiu aos assírios. Foi derrotado, mas logo se revoltou. Nesta ocasião, o rei assírio Samaneser V sitiou e capturou Samaria, a capital de Israel. Toda a população foi enviada ao exílio; Samaria foi reprovada com pessoas de outros povos no ano 721 a.C. (2Rs 17; 18.9-12). Sargão II, sucessor de Salmaneser, declara haver exilado como prisioneiros a”… 27.290 de seus habitantes junto com seus carros… e os deuses nos quais confiavam.”

Assíria e Judá

O reino de Judá tornou-se vassalo assírio ao pedir proteção contra o ataque de Israel e Síria (2Rs 16.1-9). Assim, quando o rei Ezequias buscou a independência de Judá, sua ação levou o exército assírio até Judá. O rei assírio sitiou e capturou Laquis e enviou um grande exército contra Jerusalém. Ezequias, por conselho do profeta Isaías, não rendeu, e os assírios tiveram que retroceder (2Rs 18.1-8 19.37).
Judá permaneceu leal à Assíria até que o império foi derrotado pelos babilônicos, que capturavam Nínive, a capital assíria, no ano 612 a.C (cf. Dn 5).

© Fonte: Bíblia de Estudo Almeida