30 de agosto de 2012

Heróis da Fé

Inácio de Antioquia (?? – 117)

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Mesmo sendo de Antioquia, seu nome, Ignacius, deriva-se do latim: igne: “fogo”, e natus: “nascido”.

Conforme seu nome sugere, Inácio era um homem nascido do fogo, ardente, apaixonado por Cristo. Segundo Eusébio, após a morte de Evódio, que teria sido o primeiro bispo de Antioquia, Inácio fora nomeado o segundo bispo dessa influente cidade.
Inácio escreveu algumas epístolas às comunidades cristãs asiáticas: à igreja de Éfeso, às igrejas de Magnésia, situada no Meander, à igreja de Trales, às igrejas de Filadélfia e Esmirna e, por fim, à igreja de Roma. O objetivo da carta a Roma era solicitar que os irmãos não impedissem seu martírio, o que aconteceu durante o reinado de Trajano (98-117).

Um fragmento de sua carta escrita aos Efésios:
“Não cedais, irmãos, na fé em Jesus Cristo, e em Seu amor, em Seu sofrimento, e em Sua ressurreição. Sigamos todos juntos em comunhão, e individualmente, pela graça, em uma só fé em Deus o Pai, e em Jesus Cristo Seu unigênito Filho, e "o primogênito de toda a criação," mas da semente de Davi conforme a carne, mantendo-nos sob a orientação do Consolador, em obediência ao bispo e ao presbitério com mente não dividida, partindo um e o mesmo pão. Isto é o medicamento da imortalidade, e o antídoto que previne que morramos, o remédio purificador guiando-nos para longe do mal, [que faz] com que vivamos em Deus através de Jesus Cristo.”

Créditos: Revista Defesa da Fé – Nº 51

29 de agosto de 2012

A Providência Divina

Gn 45.5 “… não vos entristeçais, nem vos pese aos vossos olhos por me haverdes vendido para cá; porque, para conservação da vida, Deus me enviou diante da vossa face.”

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Depois de o Senhor criar os céus e a terra (Gn 1.1 - clique aqui para ver o estudo sobre a Criação), Ele não deixou o mundo à sua própria sorte. Pelo contrário, Ele continua interessado na vida dos seus, cuidando da sua criação. Deus não é como um hábil relojeiro que formou o mundo, deu-lhe corda e deixa acabar essa corda lentamente até o fim. pelo contrário, Ele é o Pai amoroso que cuida daquilo que criou. O constante cuidado de Deus por seu povo é chamado, na linguagem doutrinal, a providência divina.

ASPECTOS DA PROVIDÊNCIA DIVINA

Ha pelo menos, três aspectos da providência divina:

1. Preservação
Deus, pelo seu poder, preserva o mundo que Ele criou. A confissão de Davi fica clara: “A tua justiça é como as grandes montanhas; os teus juízos são um grande abismo; SENHOR, tu conservas os homens e os animais” (Sl 36.6). O poder preservador de Deus manifesta-se através do seu filho Jesus Cristo, conforme Paulo declara em Cl 1.17: Cristo “é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por Ele”. Pelo poder de Cristo, até mesmo as minúsculas partículas da vida mantêm-se coesas.

2. Provisão
Deus não somente preserva o mundo que Ele criou, como também provê as necessidades das suas criaturas. Quando Deus criou o mundo , criou também as estações (Gn 1.14) e proveu alimento aos seres humanos e aos animais (Gn 1.29,30). Depois de o Dilúvio destruir a terra, Deus renovou a promessa da provisão, com estas palavras: “Enquanto a terra durar, sementeira e sega, frio e calor, e verão e inverno. e dia e noite não cessarão” (8.22). Vários dos salmos dão testemunho da bondade de Deus em suprir o necessário a todas as suas criaturas (Sl 104; 145). O mesmo Deus revelou a Jó o seu poder de criar e de sustentar (Jó 38 – 41), e Jesus asseverou em termos bem claros que Deus cuida das aves do céu e dos lírios do campo (Mt 6.26-30; 10.29). Seu cuidado abrange, não somente as necessidades físicas da humanidade, como também as espirituais (Jo 3.16-17). A Bíblia revela que Deus manifesta amor e cuidado especiais pelo seu próprio povo, tendo cada um dos seus em alta estima (Sl 91). Paulo escreve de modo inequívoco aos crente de Filipos: “O meu Deus, segundo as suas riquezas, suprirá todas as vossas necessidades em glória por Cristo Jesus” (Fp 4.19). De conformidade com o apóstolo João, Deus quer que seu povo tenha saúde, e que tudo lhe vá bem (3 Jo).

3. Governo
Deus, além de preservar sua criação e prover-lhe o necessário, também governa o mundo. Deus, como Soberano que é, dirige, os eventos da história, que acontecem segundo sua vontade permissiva e seu cuidado. Em certas ocasiões, Ele intervém diretamente segundo o seu propósito redentor. Mesmo assim, até Deus consumar a história, Ele tem limitado seu poder e governo supremo neste mundo. As Escrituras declaram que Satanás é “o deus deste século” [mundo] (2 Co 4.4) e exerce acentuado controle sobre a presente era maligna (1 Jo 5.19; Lc 13.16; Gl 1.4; Ef 6.12; Hb 2.14). Noutras palavras, o mundo, hoje, não está submisso ao poder regente de Deus, mas em rebelião contra Ele e escravizado por Satanás. Note porém, que essa autolimitação da parte de Deus é apenas temporária; na ocasião que Ele já determinou na sua sabedoria, Ele aniquilará Satanás e todas as hostes do mal (Ap 19 – 20).

A PROVIDÊNCIA DIVINA E O SOFRIMENTO HUMANO

A revelação bíblica demonstra que a providência de Deus não é uma doutrina abstrata, mas que diz respeito à vida diária num mundo mau e decaído.

1. Toda pessoa experimenta o sofrimento em certas ocasiões da vida e daí surge a inevitável pergunta “Por quê?” (Jó 7.14-21; Sl 10.1; 22.1; 74.11,12; Jr 14.8,9,19). Essas experiências alvitram o problema do mal e do seu lugar nos assuntos de Deus.

2. Deus permite que os seres humanos experimentem as consequências do pecado que penetrou no mundo através da queda de Adão e Eva, José, por exemplo, sofreu muito por causa da inveja e da crueldade dos seus irmãos. FOi vendido como escravo pelos seus irmãos e continuou como escravo de Potifar, no Egito (37;39). Vivia no Egito uma vida temente a Deus, quando foi injustamente acusado de imoralidade, lançado no cárcere (39) e mantido ali por mais de dois anos (40.1 – 41.14). Deus pode permitir o sofrimento em decorrência das más ações do próximo, embora Ele possa soberanamente controlar tais ações, de tal maneira que seja cumprida a sua vontade. Segundo o testemunho de José, Deus estava agindo através dos delitos dos seus irmãos, para a preservação da vida (45.5; 50.20).

3. Não somente sofremos as consequências dos pecados dos outros, como também sofremos as consequências dos nossos próprios atos pecaminosos. Por exemplo: o pecado da imoralidade e do adultério, frequentemente resulta no fracasso do casamento e da família do culpado. O pecado da ira desenfreada contra outra pessoa pode levar à agressão física, com ferimentos graves ou até mesmo o homicídio de uma das partes envolvidas, ou de ambas. O pecado da cobiça pode levar ao fruto ou desfalque e daí a prisão e cumprimento de pena.

4. O sofrimento também ocorre no mundo porque Satanás, o deus deste mundo, tem permissão para executar a sua obra de cegar mentes dos incrédulos e de controlar vidas (2 Co 4.4; Ef 2.1-3). O NT está repleto de exemplos de pessoas que passaram por sofrimento por causa dos demônios que as atormentavam com aflição mental (Mc 5.1-14) ou com enfermidades físicas (Mt 9.32,33; 12.22; Mc 9.14-22; Lc 13.11,16).

Dizer que Deus permite o sofrimento não significa que Deus origina o mal que ocorre neste mundo, nem que Ele pessoalmente determina todos os infortúnios da vida, Deus nunca é o instigador do mal ou da impiedade (Tg 1.13). Todavia, Ele, às vezes, o permite, o dirige e o impera soberanamente sobre o mal a fim de cumprir a sua vontade, levar a efeito seu propósito redentor e fazer com que todas as coisas contribuam para o bem daqueles que lhe são fiéis (Mt 2.13; Rm 8.28).

O RELACIONAMENTO DO CRENTE COM A PROVIDÊNCIA DIVINA

O crente para usufruir os cuidados providenciais de Deus em sua vida, tem responsabilidades a cumprir, conforme a Bíblia revela

1. Ele deve obedecer a Deus e à sua vontade revelada. No caso de José, por exemplo, fica claro que por ele honrar a Deus, mediante sua vida de obediência, Deus o honrou ao estar com ele (Gn 39.2,3,21,23). Semelhantemente, para o próprio Jesus desfrutar do cuidado divino protetor ante as intenções assassinas do rei Herodes, seus pais terrenos tiveram de obedecer a Deus e fugir para o Egito (Mt 2.13). Aqueles que temem a Deus e o reconhecem em todos os seus caminhos têm a promessa de que Deus endireitará as suas veredas (Pv 3.5-7).

2. Na sua providência, Deus dirige os assuntos da igreja e de cada um de nós como seus servos. O crente deve estar em constante harmonia com a vontade de Deus para a sua vida, servindo-o e ajudando outras pessoas em nome dEle (At 18.9,10; 23.11;26.15-18;27.22-24).

3. Devemos amar a Deus e submeter-nos a Ele pela fé em Cristo, se quisermos que Ele opere para o nosso bem em todas as coisas (Rm 8.28).

Para termos sobre nós o cuidado de Deus quando em aflição, devemos clamar a Ele em oração e fé perseverante. Pela oração e confiança em Deus, experimentamos a sua paz (Fp 4.6,7), recebemos a sua força (Ef 3.16; Fp 4.13), a misericórdia, a graça e ajuda em tempos de necessidade (Hb 4.16; Fp 4.6). Tal oração de fé, pode ser em nosso próprio favor ou em favor do próximo (Rm 15.30-32; Cl 4.3).

Estudo: Bíblia de Estudo Pentecostal

Heróis da Fé

Clemente de Roma 
Iniciaremos hoje uma nova categoria de máxima importância para o estudo do cristão em relação ao Evangelho. Veremos como o Senhor preservou Sua Palavra e cumpriu seus propósitos através de homens cheios do Espírito de Deus e que transformaram o mundo de forma totalmente radical.

OS PAIS APOSTÓLICOS


O nome “pais apostólicos” tem sua origem na Igreja do Ocidente do século II. São chamados de “pais apostólicos” os homens que tiveram contato direto com os apóstolos ou, então, foram citados por alguns deles. Destacam-se entre os indivíduos que regularmente recebem esse título, Clemente de Roma, Inácio e Policarpo, principalmente este último, pois existem evidências precisas de que ele teve contato direto com os apóstolos.


Clemente de Roma (30-100)

Várias hipóteses já foram levantadas sobre Clemente para identificá-lo. Para alguns, ele pertencia à família real. Para outros, ele era colaborador do apóstolo Paulo. Outros ainda sugeriram que ele escreveu a carta aos Hebreus. Em verdade, as informações a respeito de Clemente de Roma vão desde lendárias a testemunhas fidedignas. Alguns pais, como Orígenes, Eusébio de Cesaréia, Jerônimo, Irineu de Lião, entre outros, aceitaram como verdadeira a identificação de Clemente de Roma como colaborador do apóstolo Paulo.

A principal obra de Clemente de Roma é uma carta redigida em grego, endereçada aos crentes da cidade de Corinto, mais ou menos no final do reinado de Domiciano (81-96) ou no começo do reino de Nerva (96-98). A epístola trata, principalmente , d ordem e da paz da Igreja. Seu conteúdo traz à tona ao fato de os crentes formarem um corpo em Cristo, logo deve reinar nesse corpo a unidade, e não a desordem, pois Deus deseja a ordem em suas alianças. Traz, ainda a analogia da adoração ordeira do Antigo Israel e do princípio apostólico de apontar uma continuidade de homens de boa reputação.

”Portanto, irmãos e irmãs, após ouvir o Deus da verdade, leio-vos uma exortação a fim de que possais prestar atenção às coisas que estão escritas, para que possais salvar-vos a vós mesmos e aos que vivem no meio de vós. Peço-vos como que uma recompensa: arrependei-vos de todo coração e procureis a salvação e a Vida. Fazendo isto, estabeleceremos um objetivo para todos os jovens que desejam esforçar-se na perseguição da piedade e da bondade de Deus. E não nos desanimemos ou aflijamos, como os estúpidos, quando alguém nos aconselhar para que deixemos a injustiça e busquemos a justiça, porque às vezes, quando temos obras más, não nos damos conta disto por causa da indecisão e incredulidade que bate nos nossos peitos, e nosso entendimento é encoberto pelas nossas vãs concupiscências.”
(Fragmento da carta dirigida aos Coríntios por Clemente)

Fonte: Revista Defesa da Fé – Edição 51

20 de agosto de 2012

Dicionário Bíblico

dicionario biblico

JUSTO: justo, reto

1. Sobrenome de José, um dos que foram propostos para ocupar o lugar de Judas no apostolado (At 1.23).

2. Nome de um homem piedoso, residente em Corinto, e cuja casa vizinhava com a sinagoga, onde se hospedou o apóstolo S. Paulo (At 18.7).

3. Sobrenome de um judeu chamado Jesus que se associou com S. Paulo às saudações enviadas à igreja dos Colossences (Cl 4.11).

  John D. Davis – Dicionário da Bíblia

Curiosidades Bíblicas

curiosidades biblicas

O livro de Jeremias é uma das coleções mais extensas de escritos proféticos. Pode ser dividido em três seções: a primeira compreende do cap. 2 ao 5; a segunda, do 26 ao 45; e a terceira, do 46 ao 51. O livro é iniciado com o chamamento do profeta (cap 1) e encerrado com um resumo da narrativa da queda de Jerusalém (cap. 52).

Fonte: © Bíblia de Estudos Almeida

O Antigo Testamento

Antigo Testamento 

TEXTO E FORMA

Antigo Testamento é o nome dado, desde os primórdios do Cristianismo, às escrituras sagradas do povo de Israel, formadas por um conjunto de livros muito diferentes uns dos outros em caráter e gênero literário e pertencentes a diversas épocas e autores.
O Antigo Testamento ocupa, sem dúvida, um lugar preeminente no quadro geral da importante literatura surgida no Antigo Oriente Médio. No decorrer da sua longa história, egípcios, sumérios, assírios, babilônicos, fenícios, hititas, persas e outros povos da região produziram um importante tesouro de obras literárias; porém nenhuma delas se compara ao Antigo Testamento quanto à riqueza dos temas e beleza de expressão e, muito menos, quanto ao valor religioso.

Os gêneros literários do Antigo Testamento

Em termos gerais, todos os escritos do Antigo Testamento podem ser incluídos em um ou outro dos dois grandes gêneros literários que são a prosa e a poesia; em tudo, uma segunda aproximação permite apreciar a grande diversidade de classes e estilos que, muitas vezes misturados entre si, configuram ambos os gêneros.
Quanto à prosa, é o gênero no qual estão escritos textos como os seguintes:

(a) relatos históricos, presentes sobretudo nos livros de caráter narrativo e que, a partir de Abraão (Gn 11:27 – 25:11), referem-se ou diretamente ao povo de Israel e aos seus personagens mais significativos ou indiretamente aos povos e nações cuja história está relacionada muito de perto com Israel;
(b) o relato de Gn 1 – 3 sobre as origens do mundo e da humanidade, o qual, do ponto de vista literário, merece referência à parte;

(c) passagens especiais (por exemplo, a história dos patriarcas), narrações épicas (por exemplo, o êxodo do Egito e a conquista de Canaã), quadros familiares (por exemplo, o livro de Rute), profecias (em partes), visões, crônicas oficiais, diálogos, discursos, instruções, exortações e genealogias;

(d) textos legais e normais de conduta e regulamentação da prática religiosa coletiva e pessoal.

Quanto à poesia, o Antigo Testamento oferece vários modelos literários, que podem ser resumidos em:

(a) cúlticos (por exemplo, Salmos e Lamentações);

(b) proféticos (uma parte muito importante dos textos dos profetas de Israel);

(c) sapienciais, os quais recolhem reflexões e ensinamentos relativos à vida diária (Provérbios e Eclesiastes) ou que giram em torno de algum problema de caráter teológico (Jó).

 

Autores e Tradição

De acordo com a sua origem, os livros do Antigo Testamento podem ser classificados em dois grandes grupos. O primeiro é formado pelos escritos que deixam transparecer a atividade criadora do autor e parecem ser marcados pelo selo da sua personalidade. Tal é o caso de boa parte dos textos proféticos, cuja mensagem inicial, foi às vezes, ampliada, chegando posteriormente, ao seu pleno desenvolvimento em âmbitos onde a inspiração do profeta original se deixava sentir com intensidade.
No segundo grupo são incluídos os livros nos quais, não tendo permanecido marcas próprias do autor, foram as tradições que se encarregaram de transmitir a mensagem preservada pelo povo, proclamando-a e aplicando-a às circunstâncias próprias de cada tempo novo. A esse grupo pertence uma boa parte da narrativa histórica e da literatura cúltica e sapiencial.

 

Transmissão do Texto

A passagem de transmissão oral para a escrita chega ao Antigo Testamento num tempo em que o papiro e o pergaminho já estavam em uso como materiais de escrita. Deles se faziam longas tiras que, convenientemente unidas, formavam os chamados “rolos”, uma espécie de cilindros de peso e volume às vezes consideráveis. Assim, chegaram até nós os textos do Antigo Testamento (cf. Jr 36), ainda que não nos seus manuscritos hebraicos originais, porque com o tempo todos desapareceram, mas graças à grande quantidade de cópias feitas ao longo de muitos séculos. Dentre elas, as mais antigas que temos pertencem ao séc. I a. C. Foram descobertas em lugares como Qumran, a oeste do mar Morto, algumas em muito bom estado de conservação e outras, muito deterioradas e reduzidas a fragmentos.

Das cópias que contém o texto integral da Bíblia Hebraica, a mais antiga é o Códice de Alepo, que data do séc. X d.C. e é o reflexo da tradição tiberiense.
O sistema alfabético utilizado nos primitivos manuscritos hebraicos carecia de vogais: na sua época e de acordo com um uso comum de diversas línguas semíticas, somente as consoantes tinham representação gráfica. Essa peculiaridade era, obviamente, uma fonte de sérios problemas de leitura e interpretação dos escritos bíblicos, cuja unificação realizaram os especialistas judeus do final do séc. I d.C.
O trabalho daqueles sábios foi favorecido na última parte do séc. V a.C. pelo desenvolvimento, sobretudo em Tiberíades e Babilônia, de um sistema de leitura que culminou entre os séculos VIII e XI d.C. com a composição do texto chamado “massorético”. Nele, fruto do intenso trabalho realizado pelos “massoretas” (ou “transmissores da tradição”), ficou definitivamente fixada a leitura da Bíblia Hebraica através de um complicado conjunto de sinais vocálicos e entonação.
Apesar do excelente cuidado que os copistas tiveram para fazer e conservar as cópias do texto bíblico, nem sempre puderam evitar que aqui e ali fossem introduzidas pequenas variantes na escrita. Por isso, a fim de descobrir e avaliar tais variantes, o estudo dos antigos manuscritos implica uma minuciosa tarefa de comparação de textos, não somente entre umas e outras cópias hebraicas, mas também em antigas traduções para outras línguas: o texto samaritano do Pentateuco (escrita samaritana); as versões gregas, especialmente a LXX (feita em Alexandria entre os séculos III e II a.C. e utilizada frequentemente pelos escritores do Novo Testamento); as aramaicas (os targumim, versões parafrásticas); as latinas, em especial a Vulgata; as siríacas, as coptas ou a armênia. Os resultados desse trabalho de fixação do texto se encontram sintetizados nas edições críticas da Bíblia Hebraica.

 

GEOGRAFIA E RELIGIÃO

 

A Palestina do Antigo Testamento

A região onde se desenrolam os acontecimentos mais importantes registrados no Antigo Testamento está situada na zona imediatamente a leste da bacia do Mediterrâneo. O nome mais antigo dela registrado na Bíblia é “terra de Canaã” (Gn 11.31), substituído posteriormente, entre os israelitas, por “terra de Israel” (1 Sm 13.19; Ez 11.17; Mt 2.20). Os gregos e romanos preferiram chamá-la de “Palestina”, termo derivado do apelativo “filisteu”, pelo qual era conhecido o povo que habitava a costa do Mediterrâneo. No tempo em que o Império Romano dominou o país, pelo menos uma região deste recebeu o nome de “Judéia”.
Durante a maior parte do período monárquico (931-586 a.C), a terra de Israel esteve dividida em duas: ao sul,o reino de Judá, sendo Jerusalém sua capital; e ao norte, reino de Israel, tendo a cidade de Samaria como capital. As grandes diferenças políticas que separavam ambos os reinos aumentaram ainda mais quando, em 721 a.C., o reino do Norte foi conquistado pelo exército assírio.
O território palestino é formado por três grandes faixas paralelas que se estendem do Norte ao Sul. A ocidental, uma planície banhada pelo Mediterrâneo, estreita-se em direção ao Norte, na Galiléia, e depois fica cercada pelo monte Carmelo. Nessa planície se encontravam as antigas cidades de Gaza, Asquelom, Asdode e Jope (atualmente um subúrbio de Tel Aviv) e a Cesaréia romana, de construção mais recente.
A faixa central é formada por uma série de montanhas que, desde o Norte, como que se desprendendo da cordilheira do Líbano, descem paralelas pela costa até penetrar no Sul, no deserto de Neguebe. O vale de Jezreel  (ou de Esdrelom), entre a Galiléia e Samaria, cortava a cadeia montanhosa, cujas alturas máximas estão uma (1.208 m) na Galiléia e a outra (1.020 m), na Judéia. Nessa faixa central do país, encontra-se a cidade de Jerusalém (cerca de 800 m acima do nível do mar) e outras importantes da Judéia, Samaria e Galiléia.
A oriente da região montanhosa serpenteia o rio Jordão, o maior rio da Palestina, o qual nasce ao norte da Galiléia, no monte Hermom, e caminha em direção ao sul ao longo de 300 km, (pouco mais de 100 km, em linha reta). No seu curso, atravessa o lago Merom e depois o mar ou lago da Galiléia (ou ainda “mar Tiberíades) e corre por uma depressão que se torna cada vez mais profunda, até desembocar no mar Morto, a 392 m abaixo do nível do Mediterrâneo.
Mais além da depressão do Jordão, no seu lado oriental, o terreno torna a elevar-se. Sobretudo na região norte há cumes importantes, como, já fora da Palestina, o monte Hermom, com até 2.758 m de altura.

A Palestina é predominantemente seca, desértica em extensas regiões do Leste e Sul do país, com montanhas muito pedregosas e poucos espaços com condições favoráveis para o cultivo. Os terrenos férteis, próprios para a agricultura, encontram-se, sobretudo, na planície de Jezreel, ao norte, no vale do Jordão e nas terras baixas que, ao ocidente, acompanham a costa. As altas temperaturas predominantes se atenuam nas partes elevadas, onde as noites podem chegar a ser frias. As duas estações mais importantes são o inverno e o verão (cf. Gn 8.22; Mt 24.20,32), mas, quanto ao clima, o essencial para os trabalhos agrícolas é a regularidade na chegada das chuvas: as temporãs (entre outubro e novembro) e as serôdias (entre dezembro e janeiro). Armazena-se, então, a água em algibes (ou cisternas), para poder tê-la durante os outros meses do ano.
Para uma compreensão mais detalhada sobre a geografia do AT, veja: A Geografia do Velho Testamento

 

Valorização religiosa do Antigo Testamento

No Antigo Testamento, como em toda a Bíblia, é reconhecida sua origem, uma autêntica experiência religiosa. Deus se revelou ao povo de Israel na realidade da sua história e fez isso como o único Deus, Criador e Senhor do universo e da história, não se assemelhando a nenhuma outra experiência humana, nem identificando-se com alguma imagem feita pelos homens. Deus é o Autor da vida, o Criador da existência de todos os seres; e é um Deus salvador, que está sempre ao lado do seu povo, mas que não se deixa manipular por ele; que impõe obrigações morais e sociais, que não se deixa subornar, que protege os fracos e ama a justiça. É um Deus que se achega ao povo, especialmente no culto; um Deus, que quer que o pecador viva, porém julga com justiça e castiga a maldade.
As idéias e a linguagem do Antigo Testamento transparecem nos escritos no Novo Testamento, em cujo pano de fundo está sempre presente o Deus do Antigo Testamento, o Pai de Jesus Cristo, em quem é revelado definitivamente, o seu amor e a sua vontade salvadora para todo aquele que o recebe pela fé.
O Antigo Testamento dá especial atenção ao relacionamento de Deus com Israel, o seu povo escolhido.
Um dos mais importantes aspectos desse relacionamento é a Aliança com Israel, mediante a qual Javé se compromete a ser o Deus daquele povo que tomou como a sua possessão particular e dele exige o cumprimento religioso dos mandamentos e das leis divinas. Assim, a fé comum, as celebrações cúlticas e a observação à mensagem universal que depois, em Jesus Cristo, será proclamada pelo Novo Testamento.
Nem todos os aspectos do Antigo Testamento mantêm igual vigência para o cristão. O Antigo Testamento deve ser interpretado à luz da sua máxima instância, que é Jesus Cristo. A projeção histórica e profética do povo de Israel no Antigo Testamento é uma etapa precursora no caminho que conduz à plena revelação divina em Cristo (Hb 1.1-2). Por outro lado, o Novo Testamento é o testemunho de fé de que as promessas feitas por Deus a Israel são cumpridas com a vinda do Messias (cf., por exemplo, Mt 1.23; Lc 3.4-6; At 2.16-21; Rm 15.9-12). Por isso, certas instruções absolutamente válidas para o povo judeu deixam de ser igualmente vigentes para o novo povo de Deus, que é a Igreja (cf. At 15; Gl 3.23-29; Cl 2.16-17; Hb 7.11 – 10.18); e alguns aspectos da lei de Moisés, do culto do Antigo Testamento e da doutrina sobre o destino do ser humano, pessoal e comunitariamente considerado, devem ser interpretados à luz do evangelho de Jesus Cristo, o Filho de Deus.


© Fonte: Bíblia de Estudos Almeida

16 de agosto de 2012

Curiosidades Bíblicas

curiosidades biblicas
Isaías, cujo nome significa “o Senhor salva”, é o profeta da salvação. Ele emprega a palavra “salvação” quase três vezes mais do que todos os demais livros proféticos do AT. Isaías revela que o propósito divino da salvação será somente realizado em conexão com o Messias.
 
Fonte: Bíblia de Estudo Pentecostal

Dica de Filme: Prova de Fogo

Um dos filmes mais lindos que já vi. Ressalta o quão somos cegos e néscios quando estamos longe do Único que pode nos dar o verdadeiro amor e ai sim, conseguimos transmitir para as pessoas em nossa volta.
Deus é capaz de curar o que está ferido, concertar o que está quebrado! Até as coisas menos prováveis…
Vale a pena conferir!

Trailer do Filme

Filme Completo


Créditos: Eduardo Oliveira e Prmelofilmes

A geografia do Velho Testamento

Aquele que não entende de geografia não pode conhecer história. E a Bíblia é, pura história. Por isso explicarei abaixo as localizações e posições relativas de lugares importantes que estão no Antigo Testamento.

Mapa do Antigo Testamento
* Compare o mapa acima com as descrições de Massas de Água e Localizações à seguir:

Massas de Água

1. O Mar Mediterrâneo
A terra do Velho Testamento fica ao leste desse lindo mar azul.
2. O Mar da Galiléia 
Chamá-lo de mar parece ser um exagero. É um lago de águas doces com onze quilômetros de largura e vinte e dois de comprimento. Fica a 58 quilômetros do Mediterrâneo.
3. O Rio Jordão
Fluindo do sul do Mar da Galiléia, o Rio Jordão viaja por uns 105 quilômetros, para terminar no Mar Morto. Muitos se surpreendem ao ver quanta história aconteceu ao redor desse pequeno rio.
4. O Mar Morto
Com o formato de um gigantesco cachorro-quente com uma mordida no terço inferior, o Mar Morto está no "fundo do mundo". É o ponto mais baixo da terra, quase 92 metros abaixo do nível do mar no seu ponto mais baixo. Por isso, a água flui para ele, mas não sai. Como resultado, ela tem alta concentração de depósitos minerais e não permite a vida de plantas ou animais. Por isso o nome Mar Morto.
5. Rio Nilo
Talvez o rio mais famoso do mundo, o Nilo corre pelo coração do Egito, espalhando-se em muitos dedos e se esvaziando nos braços do Mediterrâneo.
6. Rios Tigre e (7) Eufrates
Esses rios gêmeos correm por quase 1.500 quilômetros, cada um, antes de juntarem e desaguarem no Golfo Pérsico.
8. Golfo Pérsico
Essas três últimas massas de água, o Tigre, o Eufrates e o Golfo Pérsico, foram as fronteiras orientais das terras do Antigo Testamento. O Tigre e o Eufrates correm no atual Iraque, enquanto o Golfo Pérsico separa o Irã e a Arábia Saudita.

Localizações

A. O Jardim do Éden
A exata localização do Jardim do Éden, onde tudo começou, é impossível de mostrar. No entanto, estava perto da convergência de quatro rios, dois dos quais eram o Tigre e o Eufrates.
B. Canaã/Israel/Palestina
Este pequeno pedaço de terra, que está entre a costa do Mediterrâneo e o Mar da Galiléia - Rio Jordão - Mar Morto, muda de nome durante todo o Velho Testamento. No Gênesis, é chamado Canaã. Depois que o povo hebreu se estabelece na terra, no livro de Josué, torna-se conhecido como Israel. Mil e trezentos anos depois, no começo do Novo Testamento, é chamado de Palestina.
C. Jerusalém
Localizada na parte noroeste do Mar Morto, essa cidade, abrigada nas montanhas centrais de Israel, é tão central para a história do Velho Testamento que deve ser separada e identificada. É a capital da nação de Israel.
D. Egito
A grande dama da civilização antiga, o Egito tem um papel central na história do Velho Testamento.
E. Assíria
Localizada nas terras das cabeceiras do Tigre e do Eufrates, essa grande potência mundial é notável no Velho Testamento por conquistar o reino do Norte de Israel e dispersar seu povo pelos quatro cantos.
F. Babilônia
Outra potência mundial histórica, essa fabulosa nação, apesar de sua curta vida, conquistou a Assíria. Também conquistou o Reino Sul, conhecido como Judá, 136 anos depois que a Assíria conquistara o Reino Norte de Israel. É fundada na Mesopotâmia, entre o Tigre e o Eufrates. (Mesopotâmia significa "no meio de" [meso] - "rios" [potamus]).
G. Pérsia
A superpotência histórica final do Velho Testamento está localizada na margem norte do Golfo Pérsico. A Pérsia entra no jogo conquistando a Babilônia e permitindo que os hebreus voltassem do cativeiro na Babilônia para reconstruir a cidade de Jerusalém, retomando a adoração no templo.

Fonte: Livro 30 dias para entender a Bíblia, por Max Anders.

15 de agosto de 2012

Dicionário Bíblico

dicionario biblico

 AMIGO DO REI

Nome que se dava a um oficial de alta patente, Gn 26.26, provavelmente pessoa de confiança do rei e seu conselheiro, 1 Rs 4.5. Os reis siro-macedônios criaram uma classe privilegiada de funcionários, chamada amigos do rei.

John D. Davis - Dicionário da Bíblia

Curiosidades Bíblicas

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Você sabia que…

A palavra Bíblia é de origem grega que significa “livros”.

Quer saber mais sobre a Bíblia? Então confira nosso estudo: A Bíblia

A Bíblia

Hoje, iremos estudar de forma mais detalhada sobre o nosso maravilhoso Manual de Instruções da Vida, chamado Bíblia! Vamos olhar para a diversidade de suas designações; a classificação de seus livros; a formação da Bíblia e seu valor religioso.

A Bíblia

Bíblia é uma palavra de origem grega que significa “livros”. Daí que se deu o título Bíblia à coleção dos livros que, sendo de diversas origens, extensão e conteúdo, estão essencialmente unidos pelo significado religioso que têm para o povo de Israel e para todo o mundo cristão: unidade e diversidade que não se opõem entre si, mas que se completam para dar à Bíblia o seu especialíssimo caráter.

Diversidades de Designações

Desde tempos remotos, este livro sem igual tem sido conhecido com diferentes designações. Assim, os judeus, para os quais a Bíblia somente consta da parte que os cristãos conhecem como o Antigo Testamento, referem-se a ele como Lei, Profetas e Escritos (Lc 24:44), termos representativos de cada um dos blocos em que, para o Judaísmo, se divide o texto bíblico transmitido na língua hebraica:

(a) Lei (hebr. torah), que compreende os cinco primeiros livros da Bíblia: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômio;
(b) Profetas (hebr. nebiim), agrupados em:
Profetas anteriores: Josué, Juízes, 1 e 2 Samuel, 1 e 2 Reis
Profetas posteriores: Isaías, Jeremias, Ezequiel, Oséias, Joel, Amós, Obadias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias, Malaquias;
(c) Escritos (hebr. ketubim): Jó, Salmos, Provérbios, Rute, Cântico dos Cânticos, Eclesiastes, Lamentações, Ester, Daniel. Esdras, Neemias, 1 e 2 Crônicas.

O título referido, Lei, Profetas e Escritos, aparece reduzido em ocasiões como a Lei e os Profetas (Mt 5:17) ou, de modo mais singelo, a Lei (Jo 10.34).
No Cristianismo, com a incorporação dos livros do Novo Testamento e justamente a partir da maneira que ali são citadas passagens do Antigo, é comum referir-se à Bíblia como as Sagradas Escrituras ou, de forma alternativa, como a Sagrada Escritura, as Escrituras ou a Escritura (Mt 21.42; Jo 5.39; Rm 1.2). Frequentemente, com essa última designação mais breve, faz-se referência a alguma passagem bíblica concreta (Mc 12.10; Jo 19.24).
As locuções Antigo Testamento e Novo Testamento, respectivamente, no seu sentido de títulos respectivos da primeira e da segunda parte parte da Bíblia, começaram a ser utilizadas entre os cristãos no final do século II d.C. com base em textos como 2 Co 3.14. A palavra “testamento” representa aqui aliança ou pacto que Deus estabelece com seu povo: em primeiro lugar, a aliança com Israel (Êx 24.8; Sl 106.45); depois, a nova aliança anunciada pelos profetas e selada com o sangue de Jesus Cristo (Jr 31;31-34; Mt 26.28; Hb 10.29).

Classificação dos Livros da Bíblia

Os livros da Bíblia nem sempre são classificados na mesma ordem. Ainda hoje aparecem dispostos de maneiras distintas, seguindo para isso os critérios sustentados a esse respeito por diferentes tradições.
A versão de João Ferreira de Almeida, em todas as suas edições, tem-se sujeitado à norma de ordenar os livros de acordo com o seu caráter e conteúdo, na seguinte forma:

Antigo Testamento

(a) Literatura histórico-narrativa: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômio, Josué, Juízes, Rute, 1 e 2 Samuel, 1 e 2 Reis, 1 e 2 Crônicas, Esdras, Neemias, Ester;
(b) Literatura poética e sapiencial (ou de sabedoria): Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes, Cântico dos Cânticos;
(c) Literatura Profética:
Profetas maiores: Isaías, Jeremias, Lamentações, Ezequiel e Daniel
Profetas menores: Oséias, Joel, Amós, Obadias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias, Malaquias.

Novo Testamento

(a) Literatura histórico-narrativa:
Evangelhos: Mateus, Marcos, Lucas, João
Atos dos Apóstolos;
(b) Literatura epistolar:
Epístolas paulinas: Romanos, 1 e 2 Coríntios, Gálatas, Efésios, Filipenses, Colossenses, 1 e 2 Tessalonicenses, 1 e 2 Timóteo, Tito, Filemom
Epístolas aos Hebreus
Epístolas universais: Tiago, 1 e 2 Pedro, 1, 2 e 3 João, Judas
(c) Literatura apocalíptica: Apocalipse (ou Revelação) de João

A Formação da Bíblia

Para compreender os distintos aspectos do processo de formação deste conjunto de livros que chamamos de Bíblia, é necessário atentar para o fato básico da sua divisão em duas grandes partes indissoluvelmente vinculadas entre si por razões culturais e espirituais: o Antigo Testamento e o Novo Testamento.

O Antigo Testamento recolhe e transmite a experiência religiosa do povo israelita desde as suas origens até a vinda de Jesus Cristo. Os livros que o compõem são o testemunho permanente da fé Israelita no único e verdadeiro Deus, Criador do universo. É o Deus que quis revelar-se de maneira especial na história do seu povo, guiando-o com a sua Lei, beneficiando-o com a aliança da sua graça e fazendo-o objeto das suas promessas. Passo a passo, Deus converteu o seu povo numa nação unida pela fé, sustentou-a e, em todo tempo, mostrou o caminho da justiça e santidade que devia seguir para que não perdesse a sua identidade como o povo escolhido. Assim, o Antigo Testamento documenta a história de Israel desde a perspectiva do sentimento religioso, mantém viva a expressão de adoração da sua fé através do culto de recolhe as instruções dos seus profetas e as inspiradas reflexões dos seus sábios e profetas.

O Novo Testamento é a referência definitiva da fé cristã. Nele, se encontram consignados os acontecimentos que deram origem à Igreja de Jesus Cristo, o Filho eterno de Deus. Os Evangelhos narram o nascimento de Jesus no tempo de Herodes, os seus atos e ensinamentos, a sua morte numa cruz por ordem de Pôncio Pilatos, governador da Judéia, e a sua ressurreição, depois da qual manifestou-se ao vivo àqueles que havia escolhido para que anunciassem a mensagem universal da salvação.
Está também no Novo Testamento o relato dos primeiros movimentos da expansão da fé cristã, como viveram e atuaram os primeiros discípulos e apóstolos, como nasceram e se desenvolveram as primeiras comunidades e como o Espírito Santo impulsionou os cristãos a darem testemunho da sua esperança em Jesus Cristo para todas as raças, nações e culturas.

O Processo de redigir, selecionar e compilar os textos da Bíblia prolongou-se pelo espaço de muitos séculos. Com o decorrer dos anos, foram desaparecendo os dados relativos à origem de grande parte dos livros, isto é, o momento em que os relatos e ensinamentos foram fixados por escrito, os quais até então e talvez durante muitas gerações tinham sido transmitidos oralmente.
Por outro lado, nesse longo e complexo processo de formação, é muito difícil e até mesmo impossível fixar os autores. Isso ocorre especialmente nos casos em que foram vários redatores que escreveram textos, os quais, posteriormente, foram compilados num único livro ou quando também na composição da literatura bíblica, são utilizados ou incluídos documentos da época (por exemplo: Nm 21.14; Js 10.13; Jd 14-15).

Valor Religioso da Bíblia

A Bíblia é, sem dúvida, um dos mais apreciados legados literários da humanidade. Contudo, o seu verdadeiro valor não se firma de maneira substancial no fato literário. A riqueza da Bíblia consiste no caráter essencialmente religioso da sua mensagem, que a transforma no livro sagrado por excelência, tanto para o povo de Israel quanto para a Igreja cristã.
Nessa coleção de livros, a Lei se apresenta como uma ordenação divina (Êx 20; Sl 119), os Profetas têm a consciência de serem os portadores de mensagens da parte de Deus (Is 6; Jr 1.2; Ez 2 – 3) e os Escritos ensinam que a verdadeira sabedoria encontra em Deus a sua origem (Pv 8:22-31).
Esses valores religiosos aparecem não só no título de Sagradas Escrituras, mas também na forma que Jesus e, em geral, os autores do Novo Testamento se referem ao Antigo, isto é, aos textos bíblicos escritos em épocas precedentes. Isso ocorre, por exemplo, quando lemos que Deus fala por meio dos profetas ou por meio de alguns dos outros livros (Mt 1.22; 2.15; Rm 1.2; 1 Co 9.9) ou quando os profetas aparecem como aquelas pessoas mediante as quais “se diz” algo ou “se anuncia” algum acontecimento, forma hebraica de expressar que é o próprio Deus quem diz ou anuncia (Mt 2.17; 3.3; 4.14); também quando se afirma a permanente autoridade das Escrituras (Mt 5.17-18; Jo 10.35; At 23.5), ou quando as relaciona especialmente com a ação do Espírito Santo (At 1.16; 28.25). Formas magistrais de expressar a convicção comum a todos os cristãos em relação ao valor das Escrituras são encontradas em passagens como 2 Tm 3.15-17 e 2 Pe 1.19-21.

A Igreja cristã, desde as suas origens, tem descoberto na mensagem do evangelho o mesmo valor da palavra de Deus e a mesma autoridade do Antigo Testamento (Mc 16.15-16; Lc 1.1-1-4; Jo 20.31; 1 Ts 2.3). Por isso, em 2 Pe 3.16, se equiparam as epístolas de “nosso amado irmão Paulo” (v. 15) às “demais Escrituras”. Gradativamente, a partir do séc. II d.C., foi sendo reconhecida aos 27 livros que formam o Novo Testamento a sua categoria de livros sagrados e, em consequência, a plenitude da sua autoridade definitiva e o seu valor religioso.
Tal reconhecimento, que implica o próprio tempo da presença, direção e inspiração do Espírito Santo na formação das Escrituras, não descarta, em absoluto, a atividade física e criativa das pessoas que redigiram os textos. Elas mesmas se referem a essa atividade em diversas ocasiões (Ec 1.13; Lc 1.1-4; 1 Co 15.1-3,11; Gl 6.11). A presença de numerosos autores materiais, é, precisamente, a causa extraordinária da riqueza de línguas, estilos, gêneros literários, conceitos culturais e reflexões teológicas que caracterizam a Bíblia.

Estudo extraído da Bíblia de Estudos Almeida

13 de agosto de 2012

Dicionário Bíblico

SAMARIAS: Jeová tem conservado.

1. Nome de um benjamita que se ajuntou a Davi em Ziclague (1 Cr 12:5).

2. Nome de um dos filhos de Roboão (2 Cr 11:19).

3 e 4. Nome de um dos filhos de Herém, e de um filho de Bani, ambos os quais de desquitaram de suas mulheres estrangeiras a conselho de Esdras (Ed 10:32,41).

John D. Davis – Dicionário da Bíblia

Curiosidades Bíblicas

Você sabia que a cidade de Antioquia foi fundada por volta do ano 300 a.C.; por Seleuco Nicátor, com o nome de Antiokkeia, (cidade de Antíoco)? Tornou-se capital do império selêucida e grande centro do Oriente helenístico. Conquistada pelos romanos por volta do ano 64 a.C., conservou seu estatuto de cidade livre e foi a terceira cidade do Império depois de Roma e Alexandria (no Egito), chegando a abrigar 500 mil habitantes. Evangelizada pelos apóstolos Pedro, Paulo e Barnabé, tornou-se metrópole religiosa, sede de um patriarcado e centro de numerosas controvérsias, entre elas, o arianismo, o monofisismo, o nestorianismo. Era considerada a igreja-mãe do Oriente.

Revista: Defesa da Fé – nº 51

A Criação

Gn 1:1 “No princípio, criou Deus os céus e a terra.”

 

O DEUS DA CRIAÇÃO


Deus se revela na Bíblia como um ser infinito, eterno e auto-existente e como a Causa Primária de tudo o que existe. Nunca houve um momento em que Deus não existisse. Conforme afirma Moisés: “Antes que os montes nascessem, ou que formasses a terra e o mundo, sim, de eternidade a eternidade, tu és Deus” (Salmos 90:2). Noutras palavras, Deus existiu eterna e infinitamente antes de criar o universo finito. Ele é anterior a toda criação, no céu e na terra, está acima e independe dela.

Deus se revela como um ser pessoal que criou Adão e Eva “à sua imagem” (Gn 1:27). Porque Adão e Eva foram criados à imagem de Deus, podiam comunicar-se com Ele, e também com Ele ter comunhão de modo amoroso e pessoal.

Deus também se revela como um ser moral que criou tudo bom e, portanto, sem pecado. Ao terminar Deus a obra da criação, comtemplou tudo o que fizera e observou que era “muito bom” (Gn 1:31). Posto que Adão e Eva foram criados à imagem e semelhança de Deus, eles também não tinham pecado. O pecado entrou na existência humana quando Eva foi tentada pela serpente, ou Satanás (Gn 3; Rm 5:12; Ap 12:9).

A ATIVIDADE DA CRIAÇÃO

Deus criou todas as coisas em “os céus e a terra” (Gn 1:1; Is 40:28; 42:5; 45:18; Mc 13:19; Ef 3:9; Cl 1:16; Hb 1:2; Ap 10:6). O verbo “criar” (hb. “bará”) é usado exclusivamente em referência a uma atividade que somente Deus pode realizar. Significa que, num momento específico , Deus criou a matéria e a substância, que antes nunca existiram.

A Bíblia diz que no princípio da criação a terra estava informe, vazia e coberta de trevas (Gn 1:2). Naquele tempo o universo não tinha a forma ordenada que tem agora. O mundo estava vazio, sem nenhum ser vivente e destituído do mínimo vestígio de luz. Passada essa etapa inicial, Deus criou a luz para dissipar as trevas (Gn 1:3-5), deu forma ao universo (1:6-13) e encheu a terra de seres viventes (1: 20-28).

O método que Deus usou na criação foi o poder da sua palavra. Repetidas vezes está declarado: “E disse Deus…” (Gn 1:3,6,11,14,20,24,26). Noutras palavras, Deus falou e os céus e a terra passaram a existir. Antes da palavra criadora de Deus, eles não existiam (Sl 33:6,9; 148:5; Is 48:13; Rm 4:17; Hb 11:3).

Toda a Trindade, e não apenas o Pai desempenhou sua parte na criação

(a) O próprio Filho é a Palavra (“Verbo”) poderosa, através de quem Deus criou todas as coisas. No prólogo do Evangelho segundo João, Cristo é revelado como a eterna Palavra de Deus (Jo 1:1). “Todas as coisas foram feitas por Ele, e sem Ele nada do que foi feito se fez” (Jo 1:3). Semelhantemente, o apóstolo Paulo afirma que por Cristo “foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis… tudo foi criado por Ele e para Ele” (Cl 1:16). Finalmente o autor do Livro de Hebreus afirma enfaticamente que Deus fez o universo por meio do seu Filho (Hb 1:2).

(b) Semelhantemente, o Espírito Santo desempenhou um papel ativo na obra da criação. Ele é descrito como “pairando” (“se movia”) sobre a criação, preservando-a e preparando-a para as atividades criadoras adicionais de Deus. A palavra hebraica traduzida por “Espírito” (ruah) também pode ser traduzida por “vento” e “fôlego”. Por isso, o salmista testifica do papel do Espírito, ao declarar: “Pela palavra do Senhor foram feitos os céus; e todo o exército deles, pelo espírito (ruah) da sua boca” (Sl 33:6). Além disso, o Espírito Santo continua a manter e sustentar a criação (Jó 33:4; Sl 104:30).

O PROPÓSITO E O ALVO DA CRIAÇÃO


Deus tinha razões específicas para criar o mundo

Deus criou os céus e a terra como manifestação da sua glória, majestade e poder. Davi diz: “Os céus manifestam a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos” (Sl 19:1). Ao olharmos a totalidade do cosmo criado – desde a imensa expansão do universo, à beleza e à ordem da natureza – ficamos tomados de temor reverente ante a majestade do Senhor Deus, nosso Criador.

Deus criou os céus e a terra para receber a glória e honra que lhe são devidas. Todos os elementos da natureza – o sol e a lua, as árvores da florestas, a chuva e a neve, os rios e os córregos, as colinas e as montanhas, os animais e as aves – rendem louvores ao Deus que os criou (Sl 98:7,8; 148:1-10; Is 55:12). Quanto mais Deus deseja e espera receber glória e louvor dos seres humanos!

Deus criou a terra para prover um lugar onde o seu propósito e alvos para humanidade fossem cumpridos

(a) Deus criou Adão e Eva à sua própria imagem, para comunhão amóravel e pessoal com o ser humano por toda a eternidade. Deus projetou o ser humano como um ser trino e uno (corpo, alma e espírito), que possui mente, emoção, vontade para que possa comunicar-se espontaneamente com Ele como Senhor, adorá-lo e servi-lo com fé, lealdade e gratidão.

(b) Deus desejou de tal maneira esse relacionamento com a raça humana que, quando Satanás conseguiu tentar Adão e Eva a ponto de se rebelarem contra Deus e desobedecer ao seu mandamento, Ele prometeu enviar um Salvador para redimir a humanidade das consequências do pecado. Daí Deus teria um povo para sua própria possessão, cujo prazer estaria nEle, que o glorificaria, e que viveria em retidão e santidade diante dEle (Is 60:21; 61:1-3; Ef 1:11,12; 1 Pe 2:9).

(c) A culminação do propósito de Deus na criação está no livro do Apocalipse, onde João descreve o fim da história com estas palavras: “… com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles e será o seu Deus” (Ap 21:3).

CRIAÇÃO E EVOLUÇÃO

A evolução é o ponto de vista predominante, proposto pela comunidade científica e educacional do mundo atual, em se tratando da origem da vida e do universo. Quem crê, de fato, na Bíblia deve atentar para estas quatro observações a respeito da evolução:

1. A evolução é uma tentativa naturalista para explicar a origem e o desenvolvimento do universo. Tal intento começa com a pressuposição de que não existe nenhum Criado pessoal e divino que criou e formou o mundo; pelo contrário, tudo veio a existir mediante uma série de acontecimentos que decorreram por acaso, ao longo de bilhões de anos. Os postulantes da evolução alegam possuir dados científicos que apóiam a sua hipótese.

2. O ensino evolucionista não é realmente científico. Segundo o método científico, toda conclusão deve basear-se nas em evidências incontestáveis, oriundas de experiências que podem ser reproduzidas em qualquer laboratório. No entanto, nenhum experiência foi realizada, nem poderá sê-lo, para testar e comprovar teorias em torno da origem da matéria a partir de um hipotético “grande estrondo”, ou do desenvolvimento gradual dos seres vivos, a partir das formas mais simples às mais complexas. Por conseguinte, a evolução é uma hipótese sem “evidência” científica, e somente quem crê em teorias humanas é que poderá aceitá-la. A fé do povo de Deus, pelo contrário, firma-se no Senhor e na sua revelação inspirada, a qual declara que Ele é quem criou do nada todas as coisas (Hb 11:3).

3. É inegável que alterações e melhoramentos ocorrem em várias espécies de seres viventes. Por exemplo: algumas variedades dentro de várias espécies estão se extinguindo; por outro lado, ocasionalmente vemos novas raças surgindo dentre algumas espécies. Não há, porém, nenhum a evidência, nem sequer no registro geológico, a apoiar a teoria de que um tipo de ser vivente já evoluiu doutro tipo. Pelo contrário, as evidências existentes apóiam a declaração da Bíblia, que Deus criou cada criatura vivente “conforme sua espécie” (Gn 1:21,2425).

4. Os crentes na Bíblia devem, também, rejeitar a teoria chamada evolução teísta. Essa teoria aceita a maioria das conclusões uma evolução naturalista; apenas acrescenta que Deus deu início ao processo evolutivo. Essa teoria nega a revelação bíblica que atribui a Deus um papel ativo em todos os aspectos da criação. Por exemplo, todos os verbos principais em Genesis 1 têm Deus como seu sujeito, a não ser em 1:12 (que cumpre o mandamento de Deus no v. 11) e a frase repetida “E foi a tarde e a manhã”. Deus não é um supervisor indiferente, de um processo evolutivo; pelo contrário, é o Criador ativo de todas as coisas (Cl 1:16).

Estudo extraído da Bíblia Pentecostal

11 de agosto de 2012

Dicionário Bíblico

AMÉM: Firme, estabelecido.

1. Nome de Jesus com que ele se apelida em Ap 3:14; e Fiel e Verdadeiro na tradução de Figueiredo, Comp. Isaías 65:16.

2. Interjeição que quer dizer: Assim seja, Mt 6:13; Dt 27:16-26; 2 Co 1:20. Para tornar mais enfática esta interjeição, costuma-se repeti-la, Nm 5:22. Jesus começou muitas das suas sentenças com esta expressão, amém, que foi traduzida – Na verdade, na verdade.

John D. Davis – Dicionário da Bíblia

Curiosidades Bíblicas

Você Sabia?

O nome de Jesus em aramaico é Yeshua Ben Yossef, que signifca "Jesus Filho de José".

10 de agosto de 2012

Novidades!

Estamos preparando alguns estudos e novidades para postá-los em breve! Separei alguns dos itens que postaremos frequentemente à vocês:

















Este blog também tem o intuito de atender à dúvidas e sugestões de temas para as postagens!
Dê sugestões, tire suas dúvidas, leia e não deixe de comentar! Deixe-se evangelizar e divulgue o nosso blog também aos seus amigos e familiares... a Palavra de Deus é para todos! 

 "Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura." (Marcos 16:15).

5 de agosto de 2012

Como ler e estudar a Bíblia?

Tenho notado de uns tempo pra cá, que existe sim muitas pessoas com sede e fome da Palavra de Deus, mas quando eles pegam a Bíblia para ler, desistem fácil, porque não há muita base para um leitura compreensiva. Eu não sou a favor da leitura aleatória, pois, percebo que quando lemos a Bíblia sistematicamente (de Gênesis a Apocalipse), conseguimos reter e compreender melhor as informações que contém no Livro Sagrado.
Eu sei que é o Espírito Santo que nos conduz na leitura da Palavra, é Ele quem traduz para nós aquilo que Deus quer nos dizer, mas há uma necessidade de termos uma base bíblica e histórica, e é exatamente o que o estudo da Bibliologia nos oferece: uma compressão da Teologia Bíblica e da Teologia História.

Como ler e estudar a Bíblia?

A maioria das pessoas já se perguntaram isso. O difícil não é reconhecer que temos que ler a Bíblia e sim, como podemos ler estudá-la?
Pode ter certeza que há maneiras suficientes para ajudar-nos na disciplina de leitura da Palavra. Basta seguirmos alguns pontos importantes, como:

• Leia a Bíblia diariamente

Não há hipótese alguma do nosso espírito estar ligado ao Espírito de Deus se não buscarmos um aprofundamento diário em nossa leitura. Da mesma forma que nosso corpo físico precisa de alimento, nosso espírito também. Jesus nos diz em Sua Palavra que Ele é “o pão da vida; aquele que vem a mim nunca terá sede” (João 6:35). O pão da vida nada mais é do que a Palavra de Deus que alimenta nosso espírito e nos dá uma arma poderosa: a Espada – que é a Palavra do Espírito. É com a Palavra que vencemos toda sorte de tentações que o inimigo lança contra nós. Como Jesus venceu satanás, quando ele o tentou no deserto? Com a Palavra. Se não levarmos isso a sério, estaremos apenas nos enganando; perdendo nosso tempo e além disso sendo presa fácil nas mãos do inimigo!
”Não se aparte da tua boca o livro desta Lei; antes, medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer conforme tudo quanto nele está escrito; porque, então, farás prosperar o teu caminho, e, então, prudentemente te conduzirás” (Josué 1:8).

• Leia a Bíblia tendo o conhecimento de quem é o Seu Autor

A melhor forma de absorvermos a Palavra de Deus, é conhecendo o Seu Autor. É de extrema importância pedirmos para que o Senhor se revele a nós através de Sua Palavra. Temos que levar em consideração que Jesus é o Verbo Vivo e, portanto, se queremos conhecê-Lo, devemos nos aprofundar em uma busca constante e fervorosa em Sua Palavra. Qual a melhor forma de conhecer um autor de um livro qualquer? Não é lendo uma biografia? Exatamente isso. Se queremos Ler a Bíblia para conhecer Jesus, temos que estudá-La sabendo quem a escreveu. E a medida que lemos mais e mais a Bíblia, conhecemos muito mais sobre nosso Maravilhoso Jesus.

• Leia seguindo uma ordem histórica da Bíblia

Como muitos sabem, o AT não está escrito numa ordem exata, então para uma compreensão melhor do estudo das Escrituras, é bom sabermos Sua cronologia. Dessa forma, além de estarmos nos alimentando espiritualmente, estaremos tendo um conhecimento excelente dos períodos em que os 66 livros da Bíblia foram escritos.

A seguir colocarei a seqüencia cronológica e logo em seguida mostrarei como podemos ler a Bíblia seguindo uma ordem histórica.

Antigo Testamento

Jó……….. 1521 a.C
Gênesis…... 1521-1500 a.C
Êxodo……….. 1490 a.C
Levítico……….. 1489 a.C
Números……….. 1451 a.C
Deuteronômio……….. 1451 a.C
Josué……….. 1424 a.C
Juízes………. 1126 a.C
Rute……….. 1050 a.C
1 Samuel……….. 1050 a.C
2 Samuel……….. 1018 a.C
1 e 2 Reis……….. 1015 a.C
Salmos……….. 1050-975 a.C
Cantares………. 1013 a.C
1 e 2 Crônicas 1004 a.C
Provérbios……….. 1000 a.C
Eclesiastes……….. 975 a.C
Joel……….. 840 a.C
Jonas……….. 790 a.C
Amós………. 780 a.C
Oséias……….. 760 a.C
Isaías……….. 745 a.C
Miquéias……….. 740 a.C
Sofonias……….. 639 a.C
Naum……….. 630 a.C
Jeremias……….. 626 a.C
Lamentações……….. 626 a.C
Habacuque……….. 606 a.C
Daniel……….. 606 a.C
Ezequiel……….. 592 a.C
Obadias……….. 586 a.C
Ageu……….. 520 a.C
Zacarias……….. 520 a.C
Ester……….. 509 a.C
Esdras……….. 457 a.C
Neemias……….. 434 a.C
Malaquias……….. 432 a.C

Novo Testamento

1 Tessalonicenses 51 d.C
2 Tessalonicenses 52 d.C
1 Coríntios….. 56 d.C
2 Coríntios….. 57 d.C
Gálatas…….. 57 d.C
Romanos………. 58 d.C
Mateus……… 60 d.C
Efésios…… 61 d.C
Tiago……. 61 d.C
Filipenses……. 62 d.C
Colossenses…. d.C
Filemom……. 52 d.C
Lucas……… 63 d.C
Hebreus……. 63 d.C
Atos dos Apóstolos……. 63 d.C
1 Timóteo……. 64 d.C
1 Pedro……… 64 d.C
Tito………. 65 d.C
Marcos……… 65 d.C
2 Pedro………. 64/5 d.C
2 Timóteo………. 67 d.C
Judas……….. 70 d.C
João (Evangelho)……. 85 d.C
1 João……… 90 d.C
2 João……… 90 d.C
3 João………. 90 d.C
Apocalipse….. 93 d.C

Acabamos de apresentar uma ordem cronológica da Bíblia. Não é necessário acompanhá-La assim, ao pé da letra, podemos montar uma própria ordem em que não fuja muito da cronologia e que também não confunda muito nossas mentes na ordem de estudá-la. Segue agora uma seqüencia, não tão exata na cronologia, mas que nos faz identificar o que ocorreu em pontos marcantes da história da Bíblia, o que cada livro representa e quem foi o seu autor.

Gênesis - Começos
Êxodo – A Redenção
Levítico – Santidade
Números – Peregrinação no Deserto
Deuteronômio – Renovação do Concerto
* Os cinco primeiros livros da Bíblia foram escrito por Moisés

Josué – A Conquista de Canaã
* Escrito por Josué

Juízes – Apostasia e Livramento
* Anônimo
Rute – Amor que Redime
* Anônimo
1 Samuel – Reino Teocrático
2 Samuel – O Reinado de Davi
* Anônimo
1 Reis – Reis de Israel e de Judá
* Anônimo
2 Reis – Reis de Israel e de Judá
* Desconhecido

(A partir de agora colocarei os livros em uma ordem feita por mim mesmo que me ajudou muito na compreensão da leitura, pois, seguirá como antes, durante e depois do exílio do povo judeu).

Jó – Por Que Sofre o Justo?
* Desconhecido
Salmos – Oração e Louvor
* Davi e outros
(Uma dica muito importante para ler o livro de Salmos que eu faço há muito tempo e tem me edificado demais: todo dia, no início da sua devocional, leia um capítulo de Salmos e logo em seguida vai para os livros que você está estudando, assim você conseguirá meditar com calma e absorver o que cada capítulo desse maravilhoso livro tem para nos oferecer. Vale ressaltar que isso não é uma obrigação e sim uma sugestão).
Provérbios – Sabedoria para a Vida Correta
* Salomão e Outros
Eclesiastes – A Nulidade da Vida à parte de Deus
* Salomão
Cantares – O Amor Conjugal
* Salomão

Isaías – Juízo e Salvação
* Isaías
Jeremias – O Juízo Divino e Inevitável de Judá
* Jeremias
Lamentações – Tristeza Presente e Esperança Futura
* Jeremias

Oséias – Julgamento Divino e o Amor Redentor de Deus
* Oséias
Joel – O Grande e Terrível Dia do Senhor
* Joel
Amós – Justiça, Retidão e Retribuição Divina pelo Pecado
* Amós
Obadias – O Juízo de Edom
* Obadias
Jonas – A Magnitude da Misericórdia Salvífica de Deus
* Jonas
Miquéias – Juízo e Salvação Messiânica
* Miquéias
Naum – A Destruição Iminente de Nínive
* Naum
Habacuque – Viver pela Fé
* Habacuque
Sofonias – O Dia do Senhor
* Sofonias

Durante o Exílio

Ester – O Cuidado Providencial de Deus
* Desconhecido
(O episódio de Ester na Pérsia, ocorre entre os capítulos 6 e 7 do livro de Esdras)
Ezequiel – O Juízo e a Glória de Deus
*Ezequiel
Daniel – A Soberania de Deus na História
* Daniel

Durante a volta dos exilados e a reconstrução do templo

1 Crônicas – A História de Israel sob o Prisma da Redenção
* Esdras (?)
2 Crônicas – Adoração Verdadeira, Avivamento e Reforma
* Esdras (?)
(Embora os livros das Crônicas abrangem o mesmo período de 1 e 2 Reis, ele foi escrito durante a volta dos exilados)
Esdras – Restauração de um Remanescente
* Esdras
Neemias – Reedificação dos Muros de Jerusalém
* Esdras e Neemias (?)
Zacarias – A Conclusão do Templo e as Promessas Messiânicas
* Zacarias
Malaquias – Acusações de Deus Contra o Judaísmo Pós-Exílio
* Malaquias

O Novo Testamento, eu recomendo ler na seqüencia já que sua compreensão histórica é mais simples do que o do Velho Testamento

Mateus – Jesus, o Messias e Rei
* Mateus
Marcos – Jesus, o Filho-Servo
* Marcos
Lucas – Jesus, o Salvador Divino-Humano
* Lucas
João – Jesus, o Filho de Deus
* João
Atos – A Propagação Triunfal do Evangelho pelo Poder do Espírito Santo
* Lucas

Romanos – Revelação da Justiça de Deus
* Paulo
1 Coríntios – Problemas da Igreja e Suas Soluções
* Paulo
2 Coríntios – Glória Através do Sofrimento
* Paulo
Gálatas – Salvação Pela Graça Mediante a Fé
* Paulo
Efésios – Cristo e Sua Igreja
* Paulo
Filipenses – Alegria de Viver por Cristo
* Paulo
Colossenses – A Supremacia de Cristo
* Paulo
1 Tessalonicenses – A Volta de Cristo
* Paulo
2 Tessalonicenses – A Volta de Cristo
* Paulo
1 Timóteo – A Sã Doutrina e a Piedade
* Paulo
2 Timóteo – Perseverança Inabalável na Fé
* Paulo
Tito – A Sã Doutrina e as Boas Obras
* Paulo
Filemom – Reconciliação
*Paulo

Hebreus – Um Melhor Concerto
* Desconhecido

Tiago – A Fé Manifesta-se pelas Obras
* Tiago

1 Pedro – Sofrimento por Amor a Cristo
* Pedro
2 Pedro – A Verdade de Deus e o Falso Ensino dos Homens
* Pedro

1 João – Verdade e Justiça
* João
2 João – Andando na Verdade
* João
3 João – Procedendo com Fidelidade
* João

Judas – Batalhar pela Fé
* Judas

Apocalipse – A Consumação do Conflito dos Séculos
* João

Espero que isso seja proveitoso para seu entendimento e crescimento espiritual!
Qualquer dúvida, escreva-nos!

Até a Próxima!
Fiquem com Deus!

3 de agosto de 2012

A Necessidade do Estudo das Escrituras

“O meu povo foi destruído, porque lhe faltou o conhecimento…” (Oséias 4:6).

Se há uma razão para toda essa calamidade ocorrida em nossa volta, o versículo acima, descreve o porquê de tudo isso.
Jamais conseguiremos prosseguir de forma incorrupta, se fizermos apenas o que achamos que é certo. Não há possibilidade de manter nossa conduta plausível sem que haja algo sobrenatural nos conduzindo.
A Palavra do Senhor nos pede para conhecer ao Senhor e prosseguir nesse conhecimento, e isso tudo não em vão. Ele deseja que Seus filhos busquem a sabedoria que vem do alto, não desta terra que perece. A partir do momento em quem ansiamos viver segundo os passos do nosso Criador, Ele nos leva descobrir coisas tão insondáveis e grandiosamente infinitas, que nos sentimos como alguém que estava morto, mas que agora ressuscitou.
A Palavra do Senhor nos dá vida, muda nossos pensamentos e direções erradas. Nos leva a contemplarmos o que nossos olhos humanos não podem ver; escutar aquilo que ouvidos carnais não podem ouvir.

Há um ditado muito popular que diz: Todos os caminhos levam até Deus…” Mas o que a Palavra do Senhor nos diz é completamente ao contrário. Em João 14:6, Jesus nos diz, que Ele é o caminho a verdade e a vida e que ninguém vai ao Pai a não ser por Ele. A Bíblia é simplesmente Jesus, pois Ele é o Verbo e o Verbo se fez carne e habitou entre nós. Dessa forma, sem que haja um interesse por Sua Palavra não podemos chegar a Deus, pois, não estaremos em Cristo Jesus!

Além disso, podemos ver a necessidade do estudo das Escrituras nesses seguintes textos:

”…santificai a Cristo, como Senhor, em vossos corações, estando sempre preparados para responder aquele que vos pedir uma razão da esperança que há em vós” (1 Pe 3:15). Esse tipo de preparo vem pelo estudo das Escrituras.

”Procura apresentar-te a Deus, aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade” (2 Tm 2:15).

”Buscai o livro do Senhor, e lede; nenhuma destas coisas falhará, nem uma nem outra faltará; porque a boca do Senhor o ordenou, e o seu Espírito mesmo as ajudará” (Is 34:16).

”A revelação das tuas palavras esclarece, e dá entendimento aos simples” (Sl 119:130).

Dessa forma, temos inúmeras razões para nos aprofundarmos no conhecimento do nosso Senhor através de Sua Palavra!

Convidamos você para participar dos nossos estudos!

Fique com Deus!

“Toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça, para que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente instruído em toda a boa obra” (2 Tm 3:16-14).